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À margem do caos: Agilidade segundo a teoria da complexidade

Jim Highsmith, renomado consultor de Agile e escritor, faz nova análise sobre aquilo que julga ser o mais essencial em uma organização ágil, a capacidade de criar ou responder a mudanças. Apoiando-se na teoria da complexidade, propõe que isso só é possível em um ponto específico de equilíbrio entre estabilidade e flexibilidade, conhecido como "margem do caos":

Algumas pessoas partem do suposto, erroneamente, que a agilidade indica falta de estrutura (ou de processos), mas a ausência completa desses elementos cria o caos. Por outro lado, muita estrutura cria rigidez. A teoria da complexidade nos diz que a inovação - a criação de algo novo através de meios que não podem ser totalmente previstos - ocorre mais facilmente no ponto de equilíbrio entre o caos e a ordem, entre a flexibilidade e a estabilidade.

Para Highsmith, o sucesso de uma organização que almeje lucrar em um ambiente de negócios incerto e turbulento está diretamente ligado à sua capacidade de responder ou impor mudanças aos seus competidores. Isso acontece através da inovação, que viabiliza a criação de novos produtos e soluções. Ele prossegue:

Essa necessidade de equilíbrio à margem do caos para promover a inovação é uma das razões pelas quais as metodologias centradas em processos muitas vezes falham, pois levam as organizações a buscarem otimização às custas da inovação.

As organizações efetivamente ágeis não se deixam confundir nesse ponto, pois entendem quais fatores precisam de estruturas estáveis e quais deles precisam de experimentação.

Por exemplo, em um ambiente altamente volátil de desenvolvimento de produtos, uma organização ágil entende que um processo rigoroso de gestão de configuração é necessário e viabiliza a flexibilidade.

Neste post no InfoQ Brasil, discutimos outro texto de Highsmith, onde o autor apresenta práticas adicionais para auxiliar as empresas no desenvolvimento de sua capacidade de lidar com mudanças.

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