Frequentemente nas grandes empresas, podemos observar uma prática cada vez mais comum que consiste na terceirização de serviços. Esta tendência pode ser melhor compreendida se atentarmos às vantagens que as grandes corporações podem obter ao adotá-las, como o isolamento de cargos, rigidez de horários, normatização excessiva, especialização, subordinação e etc. Desta forma, os prestadores de serviços destas empresas, comumente chamados de "terceiros", passam a ser chamados de recursos, e os líderes de equipes passam a desconsiderar sua individualidade, atendo-se apenas a entregas constantes dos projetos acordados, sempre preocupando-se apenas com a diminuição de custos e aumento da lucratividade.
Este tópico do ScriBD nos apresenta uma comparação entre colaboradores considerados "recursos" versus aqueles que são considerados como parceiros de fato, ou clientes internos, que trabalham em times, com foco em resultados, objetivando metas, sempre com ética e responsabilidade, adotando o autogerenciamento como fator determinante em suas carreiras.
Waldez Luiz Ludwig, em uma de suas colunas do programa Conta Corrente da Globo News, discorre a respeito do que é um ambiente favorável à criatividade, apontando para falas típicas de líderes em momentos de crise, como "Você não é pago para pensar! É pago para fazer", ou ainda "Isso é hora de ter idéias? Estamos numa crise! Não me venha com idéias!".
Qualquer um que já tenha passado por grandes empresas ao longo de sua carreira, certamente já ouviu frases e colocações semelhantes que, segundo Ludwig, são pronunciadas em momentos de desespero por líderes que deveriam manter sempre em mente a importância de se criar ambientes favoráveis à geração de idéias, soluções e criatividade. É justamente em fases difíceis que se destacam líderes de empresas que pensam em seus funcionários como clientes internos, e não recursos, robóticos e automatizados, submetidos a ambientes formais, burocráticos e tolidos de quaisquer possibilidades de criação, imaginação, idéias e bom-humor.
Um líder deve, em quaisquer situações, fazer seu funcionário pensar, favorecendo o trânsito das idéias, extinguindo reverências e chefias, desafiando a lógica, as normas e a autoridade, fazendo surgir, consequentemente, soluções de maior valor. Deve ainda acreditar em si mesmo, mas principalmente em seu time, acreditar na intuição (novos produtos, serviços, mercados), em sentimentos (inspirar seu time) e na inspiração (realizar sonhos no mundo real).
Ainda segundo Ludwig, sorrisos, alegria e bom humor desinfetam o ambiente, terminando com idéias velhas e ultrapassadas, acabando com preconceitos e tornando a empresa mais "barulhenta", porém muito mais inovadora, parecida com uma oficina de criação artística, contagiando a todos e desbloqueando o artista que há em cada um dos funcionários da empresa que são, antes de mais nada, seres humanos repletos de potencial, sonhos e sentimentos.
E você leitor, o que pensa a respeito da forma através da qual os líderes de grandes empresas lidam com seus funcionários, principalmente quando estão sob forte pressão?