Um erro que muitos times cometem e que, muitas vezes, pode comprometer o andamento do sprint e até do projeto, é a má estimação das histórias. Julgar uma história pela sua complexidade pode não ser bom, o ideal é julgar uma história pelo esforço envolvido nela.
Mike Cohn recentemente publicou em seu blog um artigo chamado "It's Effort, Not Complexity" , ele defende o uso de esforço ao invés da complexidade para se julgar uma história.
Clientes, chefes e stakeholder se preocupar em quanto tempo o projeto irá durar. Eles não se preocupam sobre o quão difícil será entregar esse projeto, exceto quanto eles precisam estender o calendário.
Eu falei isso pois encontrei muitos times que pensam que story points devem ser baseados na complexidade de uma história ou funcionalidade ao invés no esforço para desenvolver ela. Existem alguns times que até renomeiam "story points" para "pontos de complexidade". Eu acho que isso soa melhor. Mais sofisticado, porém está errado. Story points não tratam do quão complexo é desenvolver uma funcionalidade; Story points tratam de quanto esforço é preciso para desenvolver ela.
Um outro problema que Cohn cita é que muitas vezes estimamos o esforço de uma história levando em conta que a pessoa ideal do time fará ela e não levamos em conta que uma outra pessoa pode ser quem a faça.
No fim de seu post Mike deixa claro que ao julgar utilizando como critério o esforço, você tem mais chances de acertar quanto tempo leva tal tarefa, ele diz:
Então, story points tratam do esforço envolvido. Fique a vontade para ajustar sua estimativa de esforço baseado em fatores como risco e incerteza, mais tenha em mente que estimar é sobre o tempo que o trabalho irá levar. É o que seus clientes, chefes e stakeholder se preocupam.
O importante é lembrar que complexidade, esforço e tempo estão diretamente ligados ao time. A estimativa de uma história é particular a determinado time. Um determinado time pode achar tal história complexa porém outro não o que influência completamente na estimativa de tempo e esforço levado para se realizar tal história.
Tenha em mente quando estimar suas tarefas a frase que Kent Beck, Martin Fowler, entre outros publicaram no livro Planning Extreme Programming.
Vamos deixar claro estimativas são no máximo uma arte. Você não terá figuras exatas, não importa o quanto tente.
E você leitor como estima as suas histórias ou tarefas? Acha que realmente devemos estimar nossas tarefas pelo esforço ao invés das estimativas?