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Existe futuro para os aplicativos nativos (mobile)?

O contínuo sucesso de aplicativos nativos mobile tem alimentado um debate apaixonado em toda a nossa indústria. DeWitt Clinton, engenheiro da Google, explica:

Hoje os aplicativos nativos mobile estão melhores, rodam mais rápido, são mais facilmente rentáveis, e mais convenientes de serem encontrados do que aplicativos mobile web. 

Mas isto é um erro, e não um recurso. Este modelo não sobreviveu nos desktops e, da mesma forma, não há absolutamente nenhuma razão para pensar que irá sobreviver no ambiente mobile.

Sua mensagem foi uma resposta à entrevista de Josh Williams, CEO da Gowalla, que explicou: 

Gowalla havia criado um aplicativo para iPhone e um “belo site sobre mobile” para outras plataformas de smartphone, mas as pessoas utilizavam seu aplicativo de forma esmagadora. Este aplicativo crava uma estaca no coração do modelo construa-uma-vez-implante-em-qualquer-lugar, e torna o mercado bastante fragmentado.

Stacey vê uma tendência mais ampla:

É também uma indicação da mudança por atacado, a respeito de como as pessoas utilizam a Internet, e a natureza da Internet.

DeWitt continua:

agora parece risível que [no final dos anos 90], as pessoas não vejam claramente a predominância dos próximos webapps sobre aplicativos nativos para desktop: Google, Yahoo, Facebook, Twitter, YouTube, Amazon, Ebay, Gmail, MySpace, Craigslist, Wikipedia, Blogger, Wordpress, etc, etc, etc.

Qual aplicativo nativo você mais utiliza no seu OSX ou na sua máquina com Windows? Meu dinheiro diz que é o Chrome, Firefox, Opera, Internet Explorer, ou Safari.

ainda é muito, muito mais fácil construir um aplicativo baseado no navegador, e atingir centenas de milhares de pessoas, do que construir diversos aplicativos nativos para desktop para o mesmo público.

Stacey observa que aplicativos nativos foram bem sucedidos em construir um modelo de negócios no qual a Web tem tido dificuldades em monetizar o conteúdo dos aplicativos:

aplicativos são [não apenas] populares, mas [...] o pessoal pode cobrar por seus aplicativos enquanto ainda não podem monetizar seus serviços baseados na web.

Mesmo DeWitt admite:

Os navegadores e as ferramentas web para mobile de hoje, ainda não estão totalmente familiarizadas com os ambientes nativos.

Mas as coisas estão mudando rapidamente:

  • O time jQuery recentemente anunciou o Framework jQuery para Mobile (jquerymobile.com).
  • GWT Webkit para Mobile (code.google.com/p/gwt-mobile-webkit), que oferece uma biblioteca para "alavancar o HTML5 e os recursos WebKit para Mobile".
  • Os navegadores para mobile também estão evoluindo rapidamente, com o Opera e o Firefox liderando o caminho.

DeWitt conclui:

não há evidência técnica que aponte que os aplicativos web para mobile não darão certo.

Não surpreendentemente, a mensagem de DeWitt gerou muitos comentários. Anssi Porttikivi acrescenta:

Você não pode marcar um estado UI num aplicativo nativo e compartilhá-lo no Facebook e outros. Você não pode abrir diversas sessões UI da mesma forma que você pode abrir várias páginas no navegador para o mesmo site. Você não pode copiar e colar à vontade, apenas o texto de entrada para o widget. Você não pode buscar numa página. Não importa quantas sejam as benfeitorias que o navegador receba, os aplicativos nativos não as receberão, pelo menos facilmente, e de forma consistente. Estas são apenas algumas poucas razões para se gostar de aplicativos Web.

Denton Gentry observou:

Eu gosto da taxa de resposta e do polonês de um aplicativo local, mas eu quero que ele guarde (ou sincronize) seus dados na nuvem. Nunca perca dados.

Doug Purdy sugeriu:

Um dos fatores-chave entre aplicativos nativos e plataformas Web é o acesso aos novos recursos de hardware disponíveis.

JR Holmes acrescentou:

As pessoas não estão preferindo aplicativos para web, porque vêem a web como fonte de conteúdo, e não como uma ferramenta para realizar uma tarefa. A relação e as funções são completamente diferentes.

[Por isso] não é de surpreender que um navegador web é o programa mais popular e comum que as pessoas utilizam. Eles passam a maior parte do seu tempo consumindo conteúdo de uma forma ou de outra. Neste sentido, o Gmail não é um aplicativo web, mas uma maneira de visualizar o conteúdo de e-mails.

Existe uma vantagem inerente para os aplicativos nativos, conforme novos dispositivos computacionais continuam a emergir embalados com sensores, e tirando vantagem de uma alta conectividade ubíqua de conectividade de banda larga (3G, 4G)? É o modelo de negócios que finalmente permite que os desenvolvedores expressem toda sua criatividade? Será que a história irá se repetir e impor novos padrões para a Web? Ou será que estamos entrando numa nova era na arquitetura de aplicativos (compostos), dirigida pela experiência de usuários? Qual é a sua perspectiva sobre a questão?

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