As certificações em Arquitetura Corporativa estão se tornando cada vez mais decisivas como forma de se destacar no mercado e demonstrar conhecimento prático. Essa é a opinião de especialistas como Joe McKendrick, da ZDNet, que incluiu o "crescimento das certificações" no seu artigo "Perspectivas para 2012 na Arquitetura Corporativa". Porém, os arquitetos podem se intimidar com a diversidade de certificações oferecidas; existem hoje mais de uma dúzia. Buscando simplificar essa situação, Mike Walker, Arquiteto Corporativo na Microsoft, categorizou as certificações de Enterprise Architecture (EA) em um guia que pode ajudar arquitetos a decidir quais seguir.
O guia de Walker decompõe os vários tipos de certificações:
- Certificações Baseadas em Competências: Focadas em avaliar a experiência do candidato e validar que é realmente um arquiteto. São similares a várias certificações da indústria (ex.: PMP). Diferentemente das certificações que simplesmente avaliam se o candidato conhece determinado conteúdo, as certificações baseadas em competências validam como esse conhecimento é aplicado na prática.
- Certificações de indústria ou setoriais: Voltadas a setores como agências do governo ou indústrias específicas. Embora sejam críticas para suas áreas, geralmente não se adaptam bem a diversas áreas verticais, devido às particularidades de cada setor.
- Certificações em Fundamentos: Avaliam os conhecimentos essenciais para um Arquiteto Corporativo, verificando se o candidato conhece métodos, modelos ou ferramentas específicas. São essenciais para os Arquitetos Corporativos, pois fornecem um conjunto básico de ferramentas sobre o qual várias outras certificações controem.
- Aplicadas: São divididas em duas áreas principais: as acadêmicas e as customizadas para empresas de tecnologia ou produtos. São complementares às Certificações Baseadas em Competências.
- Certificações Complementares e de Interesse Especial. Estas certificações complementam a formação dos Arquitetos. Referem-se a técnicas frequentemente referenciadas e vivenciadas no dia-a-dia do profissional de EA.
A imagem abaixo, extraída do guia, fornece uma visão geral (fonte).
A Certificação Baseada em Competências destacada por Walker é a de Arquiteto Certificado do Open Group (Open CA). Esta certificação exige que o candidato forneça comprovações de habilidades e experiência e que o candidato se submeta à avaliação e aprovação de um conselho. Walker é certificado Open CA nível 3 (Distinguished Chief Architect) e afirma que a certificação é um bom complemento para a outra principal certificação do Open Group: TOGAF 9.
No modelo apresentado por Walker, a certificação TOGAF pode ser classificada como uma Certificação em Fundamentos, da mesma forma que outras certificações bem conhecidas, como as da Zachman International e da IASA. Estas certificações abrangem tanto aspectos teóricos com os práticos da disciplina de Arquitetura Corporativa.
Para arquitetos trabalhando no governo (norte-americano), há certificações voltadas a setores específicos, como o Framework de Arquitetura do Departamento de Defesa (DoDAF) e o Framework de Arquitetura Corporativa Federal (FEAF). Ambas as certificações requerem a realização de cursos que lidam com o o planejamento e p desenvolvimento de modelos arquiteturais. Já se o arquiteto deseja se especializar em produtos ou tecnologias de grandes empresas, pode avaliar as alternativas oferecidas pela Accenture, Oracle, IBM ou Cisco.
Como de esperar, as diversas certificações em arquitetura corporativa variam muito quanto à área de enfoque, critérios de aceitação, preços e período de validade. O arquiteto deve se perguntar se deseja uma certificação mais "casual", ou que siga critérios de avaliação mais rigorosos; e se pretende aperfeiçoar-se em frameworks fundamentais ou fortalecer competências em técnicas aplicadas de arquitetura. Respostas a essas questões irão guiá-lo para a certificação que traga o maior impacto na sua carreira.