Algumas equipes ágeis têm tido a iniciativa equivocada, segundo Mike Cohn, de rotacionar o papel do ScrumMaster entre os integrantes da equipe. Em post publicado recentemente em seu blog, Cohn argumenta que está sendo subestimado o papel do ScrumMaster quando se afirma que qualquer um pode exercê-lo e acrescenta:
Não defendo esta abordagem, pois não acho que demonstra o respeito apropriado aos desafios e ao significado do papel de ScrumMaster.
Cohn revela, entretanto, que há situações nas quais se deseja criar oportunidades de aprendizado, e que nesses casos rotacionar o ScrumMaster aumentaria o entendimento na equipe sobre como é estar neste papel.
Outra situação, para Cohn, que permitiria a rotação do ScrumMaster, surge quando se deseja evitar a imagem de um "gerente da equipe". Com a rotação das responsabilidades, o "poder" fica mais balanceado e a equipe se torna mais autogerenciável.
Cohn não recomenda que o papel do ScrumMaster seja rotacionado sistematicamente, e aponta alguns problemas decorrentes de rotações frequentes:
- Aqueles que assumiram o papel de ScrumMaster, devido a uma rotação, geralmente têm outras atribuições que terminam ganhando prioridade durante o sprint;
- É difícil treinar pessoas em número suficiente para fazer bem o papel do ScrumMaster;
- Algumas pessoas usarão seu tempo como ScrumMaster para forçar mudanças nos processos;
- Designar alguém como ScrumMaster durante alguns sprints não garante que esta pessoa irá valorizar esse trabalho. Isso pode levar à impressão, da parte de ScrumMasters, de que o Scrum seria um erro.
Rotacionar o papel do ScrumMaster, portanto, não deve ser uma prática permanente. É aceita por Mike Cohn somente por tempo determinado e em situações específicas, que contribuam para o aprendizado da equipe e para a sua capacidade de autogerenciamento.
Quais são suas experiências em rotacionar o papel do ScrumMaster em sua organização?