A JetBrains lançou o IDEA 11 no final de 2011, trazendo melhorias em desempenho, suporte para Groovy e Grails e integrando plugins de controle de versão. O InfoQ.com analisou com detalhes o que há de novo.
Durante nossos testes sentimos que o desempenho geral está perceptivelmente melhor do que em versões anteriores. Especificamente, a autocomplementação de código, mesmo em grandes projetos, funciona bem.
Os desenvolvedores de Groovy ganharam suporte do IDE para as versões 2.0 da linguagem (ainda em beta). Mas há algumas limitações; por exemplo, a anotação @TypeChecked do Groovy 2.0 só aparece após a compilação na saída do console, e não diretamente no editor como warning. Mas o acréscimo é bem-vindo.
Com relação ao controle de versões, o IDEA 11 traz uma série de novas funcionalidades, especialmente na integração com Git e GitHub. O IDE ajuda a encontrar commits a partir do log da versão e ainda permite criar gists fora do IDE (gists são uma maneira simples de compartilhar trechos de código e pastas).
Os usuários de Subversion, no entanto, terão que esperar pela versão 11.1 para ganhar suporte ao SVN 1.7, de acordo com um post no blog oficial do IDEA. O suporte para Mercurial também está um pouco atrás do oferecido para o Git. Encontramos o que parecem ser alguns bugs sérios em que o plugin hg, para o Mercurial, deixa de perceber alterações, indicando não ter arquivos alterados durante uma sessão de edição.
O IDEA 11 também suporta agora o uso do Gradle. Outros novos recursos destacados nas notas do lançamento incluem:
- Atualizações para suporte ao desenvolvimento Android: agora há suporte ao Android SDK 4 (Ice Cream Sandwich), e há um novo painel de pré-visualização da interface do usuário;
- Melhorias significativas no plugin de Scala, entre elas o suporte melhorado a ScalaTest e ScalaDOC;
- Atualizações para o componente Diff, com suporte para verificar diferenças (diff) em arquivos JAR, o que permite que desenvolvedores sem acesso ao código-fonte vejam facilmente pequenas alterações entre as versões.
A interface com o usuário também foi renovada e está mais consistente em diversas ferramentas e linguagens.
Na versão comercial do IDEA, o suporte ao framework Play (para desenvolvimento web) inclui uma interface de linha de comando integrada (via Tools->Play with Play framework) que se encaixa bem com a abordagem do framework. Não conseguimos, no entanto, criar automaticamente projetos do Play, sendo necessário alguns comandos manuais simples: play new app, cd app, play idea
. Com isso pôde ser feita a importação.
O IDEA 11 atualiza o suporte ao ecossistema do Spring, acrescentando as novas anotações do Spring 3.1, além de Spring Integration e Spring Data. O IDE otimiza seus editores visuais, especialmente os diagramas de dependência para os modelos do Spring.
Desde a versão 10.0, o IntelliJ IDEA tem sido disponibilizado em duas versões: uma open source, Community Edition, e uma comercial, Ultimate Edition. A Ultimate Edition adiciona suporte para a versão beta do Grails 2.0, Velocity 1.7, AspectJ, o framework Play, Spring e SQL. Além disso, a Community Edition, não inclui suporte a servidores de aplicações e frameworks relacionados a essa tecnologia.
Os preços da versão Ultimate são de 94 euros para uso acadêmico, 189 euros para uso privado, e 664 euros para uso comercial (esta última inclui a assinatura de atualizações). Há uma matriz de comparação das duas versões. Ambas as edições podem ser obtidas na página de download do IntelliJ IDEA 11. A versão Ultimate Edition permite a avaliação gratuita por 30 dias.