Recentemente a Forrester, uma empresa de pesquisa de mercado de abrangência global, divulgou os resultados de sua pesquisa de opinião a respeito do movimento ágil de desenvolvimento, no relatório "O quanto sua empresa é ágil?". O documento contém dados sobre como as organizações estão lidando com a implantação do Agile:
A Forrester enviou sua pesquisa para 205 profissionais de TI cujas empresas implementaram ou estão implementando metodologias ágeis. Essas empresas são ao menos iniciantes em Agile, o que significa que no mínimo já começaram um projeto usando técnicas ágeis. A pesquisa traz um bom entendimento de como o Agile está sendo usado na prática em vez de experiências antes da adoção.
Dos pesquisados, 27% responderam que a adoção do Agile tem amadurecido e se multiplicado entre as equipes, enquanto que para 22%, essa adoção ficou limitada a grupos isolados. A maioria adotou o Agile há mais de um ano. Com relação às metodologias usadas, 70% relataram que mesclam metodologias ágeis com não-ágeis, sendo o Scrum a mais popular. As abordagens mais utilizadas segundo a pesquisa foram:
- 81.5% Scrum
- 58.5% Iterativa
- 44.4% Waterfall (Cascata)
- 37.1% Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD)
- 37.1% Kanban
- 35.6% eXtreme Programming (XP)
- 32.7% Lean
Com relação à terceirização, a maioria dos participantes da pesquisa relatou que não utilizam recursos externos (31%), ou não especificam qual metodologia de desenvolvimento as empresas terceirizadas devem adotar (17%) quando atuam em um projeto Ágil:
O Agile não é muito utilizado em contextos de terceirização: 15.5% das respostas da pesquisa apontam os contratos como uma limitação ao Agile. Além disso, nossa pesquisa mostra que 76% daqueles que usam Agile em menos de 50% dos seus projetos evitam usar terceiros por causa de contratos e termos de SLA inadequados.
Considerando todo o grupo pesquisado, "melhorias na qualidade" (46%) foi o maior benefício apontado pelas organizações que usam o Agile, seguido por "maiores oportunidades de ajustes durante o desenvolvimento" (43%) e "maior satisfação dos clientes" (38%). Restringindo o grupo para organizações de TI, o maior benefício passa a ser "melhor alinhamento entre negócios e TI " (47%), seguido por "maiores oportunidades de ajustes durante o desenvolvimento" (46%) e "maior satisfação dos clientes" (42%).
Apesar de a satisfação do cliente ser a forma mais comum de se medir o valor de negócio do Agile, novas métricas têm surgido, como o tempo entre a requisição do cliente e a entrega, o aumento de previsibilidade, a diminuição de incerteza, e ganhos de valor de negócio, entre outros.
Muitas organizações ainda têm dificuldade em medir a satisfação dos clientes, o que reflete na frequência com que o fazem:
- 26% Continuamente, usando informações coletadas sobre o uso do sistema ou outros mecanismos
- 25% Depois de marcos significativos do sistema, como o lançamento de uma versão maior, ou o final de um projeto
- 20% Em intervalos regulares de menos de 6 meses
- 15% Com pouca frequência
- 8% Em intervalos regulares, entre 6 e 12 meses
- 5% Nunca
O relatório completo, compilado por Diego Lo Giudice, está disponível para os clientes da Forrester Research. Você vê supresas no resultado dessa pesquisa? Esses dados vão de encontro ao que é visto na sua organização?