Jonathan Rasmusson, escritor do livro The Agile Samurai e experiente coach Agile da ThoughtWorks, apresenta ideias de como elaborar um relatório de status, em projetos utilizando métodos ágeis. Na imagem abaixo, extraída do artigo de Rasmusson, é apresentada uma ideia de relatório em uma página única.
No topo do relatório, encontram-se as informações do tempo, custo e escopo, além de um indicador de como esses aspectos estão progredindo. À direita são descritas as notícias mais importantes sobre o projeto, além de uma seleção de problemas ou observações relevantes. Um semáforo indica se o projeto, no geral, está em situação crítica ("luz vermelha" acesa), em estado de atenção ("luz amarela"), ou se está caminhando bem ("luz verde"). Note que, neste exemplo, os sinais estão todos acesos apenas para ilustrar todas as possibilidades, mas em uma situação real, apenas uma das cores estaria ligada para indicar o status geral do pojeto.
Logo abaixo, podemos visualizar o trabalho realizado ("work done"), mais abaixo ficam os riscos identificados e o plano de mitigação para cada um deles. À direita desses indicadores, dois gráficos mostram a Velocidade da equipe e o Project Burndown. Este último é um dos mais relevantes em Agile, pois apresenta o resultado de entrega no decorrer do tempo e a data projetada para a implantação em produção. Sobre esse gráfico, diz Rasmusson:
O gráfico de burndown nunca "mente"; ele é a história do seu projeto, pois mostra tendências gerais, indica onde o projeto deveria estar e as mudanças de escopo que ocorreram, além de apresentar se a situação atual é grave ou não.
Outra ideia de um relatório de status vem da coletânea de artigos de Jeff Sutherland, um dos criadores do Scrum e escritor do Manifesto Ágil. A série é chamada The Scrum Papers e inclui o seguinte relatório como exemplo:
Fonte: Scrum Papers
Detalhando o conteúdo do relatório:
- Parking Lot ("estacionamento"): herdado do FDD (Feature Driven Development), esse indicador agrupa conjuntos de funcionalidades, exibindo o progresso de cada conjunto em relação ao tempo. É criado a partir do número de histórias prontas em comparação com a expectativa de término delas;
- Business Value (valor de negócio): indica os valores agregados real e o planejado no decorrer de cada sprint entregue. É determinado pelo cálculo de ROI (retorno do investimento), ou outra métrica similar.
- Product Burndown: representação visual da expectativa de entrega do projeto, comparando-a à tendência original planejada;
- Work Breakdown Structure (Estrutura Analítica do projeto ou EAP): exibe uma representação de alto nível das funcionalidades a serem entregues;
- Espaço aberto: o relatório mantém uma área livre para a inclusão de riscos, problemas encontrados e temas importantes a serem tratados. O conteúdo é específico a cada projeto.
Mostramos aqui dois exemplos de relatórios de status de projetos, que podem ser utilizados em ambientes ágeis sem se perder a essência do Agile. Isso porque contêm indicadores extraídos dentro do próprio ciclo de desenvolvimento ágil, não requerendo trabalho adicional que torne onerosa a geração do relatório e comprometa sua qualidade.
Se a sua empresa trabalha com métodos ágeis e solicita um relatório de status do projeto, qual é o formato e conteúdo que você apresenta?