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Especificações do HTTP/2 Aprovadas para Publicação

A Força Tarefa de Engenharia da Internet (Internet Engineering Task Force - IETF) aprovou para publicação as especificações do HTTP/2.

Quinze anos após o lançamento do HTTP/1.1, a IETF percorreu mais de 200 problemas de design, publicou 17 versões preliminares e realizou 30 implementações para fazer com que a especificação fosse publicada e aprovada como uma RFC padrão.

Nos anos que se seguiram ao lançamento do HTTP/1, as páginas web aumentaram o consumo de recursos de forma intensa. Algumas estatísticas obtidas do HTTP Archive demonstram como a web cresceu:

Os dois gráficos acima demonstram páginas web que utilizam fontes, apresentando o crescimento de Fevereiro de 2011 à Fevereiro de 2015 (de 3% à 47%).

De forma similar, os gráficos abaixo apresentam o volume médio de bytes por tipo de conteúdo. Em Fevereiro de 2011 o total era de 654kb. Em 2015 ele cresceu para 1867kb. As imagens representavam 394kb em 2011 comparados a 1085kb em 2015.

Mark Nottingham, presidente do grupo de trabalho do HTTPBIS anunciou a decisão da IETF no blog post HTTP/2 Approved. Segundo Nottingham:

O Grupo de Trabalho do HTTP começou a trabalhar no HTTP/2 em 2012, selecionando o protocolo SPDY do Google como ponto de partida, mantendo uma série intercalada de seis reuniões para reunir feedback da comunidade. Isto resultou em mudanças substanciais no formato do protocolo, de seu esquema de compressão e do mapeamento de semânticas do HTTP.

O protocolo resultante foi projetado para permitir a mudança entre HTTP/1 e HTTP/2 com alterações mínimas para aplicações e APIs e, ao mesmo tempo, oferecer desempenho aprimorado e melhor utilização dos recursos de rede. A maioria dos usuários da web será capaz de se beneficiar das melhorias oferecidas pelo HTTP/2 sem ter fazer nada diferente.

Segundo Nottingham, o HTTP/2 vai ajudar os usuários com uma experiência de navegação mais rápida, reduzir a largura de banda necessária e facilitar a utilização de conexões seguras.

As principais diferenças em relação ao HTTP/1.1 incluem:

  • O HTTP/2 é binário ao invés de textual
  • Ao invés de ser ordenado e blocante, o HTTP/2 é completamente multiplexado -- utilizando apenas uma conexão para o paralelismo.
  • Redução da sobrecarga por meio da compressão de cabeçalhos
  • O HTTP/2 permite aos servidores enviar (push) respostas proativamente para os caches do clientes

Em Fevereiro de 2015, o Google anunciou planos para remover o suporte ao SPDY em favor do HTTP/2 a partir de 2016. Ao mesmo tempo, ele também planeja remover do Chrome o suporte à extensão do TLS denominada NPN em favor do ALPN e a empresa encoraja fortemente desenvolvedores de servidores (backend) a adotarem o HTTP/2 e o ALPN.

Contrariando as especulações de que o Google forçou o protocolo SPDY no IETF, Nottingham afirma:

Qualquer pessoa que tenha interagido com o Mike e com o Roberto [Mike Belshe e Roberto Peon, co-criadores do SPDY do Google] no grupo sabe que eles vieram com a melhor das intenções, explicando pacientemente o racional por trás do design, aceitando críticas e trabalhando com todos para evoluir o protocolo.

O Roberto Belshe também atuou ao lado de Herve Ruellan como editor do HPACK, depois que eles fundiram suas propostas concorrentes para a compressão do cabeçalho.

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