Criado pela Puppet Labs, o relatório de status do DevOps 2015 mostra as tendências de DevOps em TI, comparando métricas como sucesso e estabilidade de implantação, além de observar a relação entre arquitetura e produtividade do desenvolvedor.
A maioria (81%) de quase 5.000 entrevistados pertenciam a equipe de Operação de TI, Desenvolvimento e Departamentos de DevOps, 70% deles trabalhando em empresas com mais de 100 servidores em sua infraestrutura, com 18% tendo mais de 1.000 servidores. A pesquisa avaliou diversas métricas, entre elas: a taxa de transferência, implantação e estabilidade do serviço em toda a indústria, entre elas:
- Frequência de implantação (Deployment) - quantas vezes uma organização publica código;
- Tempo de espera para implantação - tempo necessário para uma mudança de código ser "comitada" e entrar em produção;
- Tempo médio de recuperação (MTTR) - tempo necessário para restaurar um serviço quando ele fica indisponível devido a uma falha;
- Taxa de sucesso de mudança - a porcentagem de alterações de código bem sucedidas que foram para produção.
Avaliando as respostas, os autores da pesquisa fizeram distinção entre alto e baixo desempenho e a tabela a seguir mostra estas diferenças. Os dois principais pontos que se alteraram desde o relatório deste o ano passado foram o MTTR, pois serviços de alto desempenho se recuperaram muito mais rápido das falhas; e a taxa de sucesso, pois serviços de alto desempenho que possuíam 20 vezes mais código entraram para a produção com sucesso:
Métrica |
2015 (alto vs. baixo) |
2014 (alto vs. baixo) |
Frequência de Implantação |
30x |
30x |
Lead Time de Implantação |
200x |
200x |
MTTR |
168x |
48x |
Taxa de Sucesso de Mudança |
60x |
3x |
Os autores do relatório usaram modelagens de equações estruturais para medir o impacto da gestão enxuta e entrega contínua no desempenho organizacional de TI. Eles concluíram que a limitação Trabalho em Progresso ("Work in Progress" - WIP), através de métodos visuais para monitorar a qualidade, produtividade e progresso, e o uso de ferramentas de monitoramento para tomar decisões de negócios, possuem impacto direto sobre o desempenho organizacional.
Além disso, o teste e automação de implantação, desenvolvimento com base em trunk e integração contínua, e manter o aplicativo e configuração no sistema de versionamento (VCS/DVCS), diminui a dificuldade na implantação e a taxa de falhas de mudança, elevando a taxa de transferência de implantação e de estabilidade, resultando em mais produtividade, participação de mercado e lucratividade.
A pesquisa deste ano também mediu a relação entre arquitetura de software e a produtividade do desenvolvedor. Eles rastrearam o número de implantações por dia por desenvolvedor, notando que quando mais desenvolvedores estão envolvidos em um projeto, a produtividade diminui para baixa execução e aumenta exponencialmente para alto desempenho, como mostrado no gráfico a seguir:
O estudo observou que os seguintes fatores contribuem para o alto desempenho de TI: "Gerar uma cultura 'orientada a metas' (goal-oriented), uma arquitetura modular, práticas de engenharia que permitem a entrega contínua e uma liderança eficaz".
Um capítulo é focado em conselhos para os gerentes de TI sobre como ajudar suas equipes a terem melhor desempenho, enfatizando o por que das questões da cultura organizacional, de como construir uma cultura (orientada para o desempenho) e como introduzir o DevOps. Outro capítulo é dedicado a exaustão dos funcionários, definindo as principais causas: sobrecarga de trabalho, falta de controle, recompensas insuficientes, transtorno da comunidade, falta de lealdade e conflitos de valores.