Na último sábado aconteceu em Belo Horizonte a sexta edição do DevDay. O evento, organizado pela comunidade de desenvolvimento DevIsland, contou com 20 palestras e um espaço dedicado a encontros e discussões de comunidades específicas.
Na abertura, "Inove ou morra tentando", Gustavo Caetano contou um pouco de sua trajetória e de como surgiu a Samba Tech. Apontando que hoje a informação é de fácil acesso e está disponível para todos, Caetano enfatizou que ainda existem muitas oportunidades para criar serviços e produtos explicando como as startups trabalham de forma a gerar ideias capazes de redefinir mercados inteiros.
A diversidade de palestrantes contemplou diferentes perfis como, por exemplo, o de Gleison Fernandes, um desenvolvedor que convive diariamente com a Paralisia Cerebral que superou todas as limitações impostas por essa condição e se graduou em Ciências da Computação. Com o apoio de Adriano Rabelo, Fernandes contou um pouco da sua história explicando como foi o processo de desenvolvimento de um dispositivo para auxiliar pessoas com limitações motoras a alcançar o uso pleno de dispositivos computacionais. O TiX é um painel assistivo com 11 teclas sensíveis ao toque que substitui o teclado e o mouse e foi inicialmente desenvolvido como pesquisa durante o trabalho de conclusão de curso de Fernandes. Posteriormente uma parceria com a Geraes, empresa mineira com foco em tecnologias assistivas, possibilitou a evolução do protótipo de Fernandes e transformação deste em produto.
Outro destaque foi Pedro Carrijo que começou a programar aos 11 anos de idade. A palestra "O desenvolvedor do futuro", apresentou um pouco da sua trajetória para se tornar tão cedo um desenvolvedor. Seu interesse pela programação surgiu a partir de joguinhos para celular (atualmente são cinco jogos em seu portfólio). No entanto, já desenvolveu soluções para empresas e escolas. Atualmente, concilia as atividades escolares com o trabalho de desenvolvedor de software. Com o apoio de Marlon Luz da Microsoft, mostrou a importância de se fazer o básico: um desenvolvedor de software tem resolver problemas do dia a dia das pessoas.
A palestra de encerramento ficou por conta de Roberta Arcoverde que apresentou a arquitetura do StackOverflow para suportar um fluxo de 70 milhões de acessos por mês. Com uma abordagem bastante direta, que por vezes levou o público ao riso, Arcoverde explicou como a busca constante por performance leva a desconstrução de certos padrões e a uma revisão do que se entende por boas práticas. Foram apresentados também projetos desenvolvidos pela equipe do StackOverflow e disponibilizados para comunidade com foco na medição de performance de aplicações web. Dentre os projetos citados estão o MiniProfiler e o OpServer.
A programação completa do evento está disponível aqui.
Espaço comunidade
Além das palestras, o DevDay contou com um espaço dedicado ao encontro e discussões no âmbito especifico de algumas comunidades. Em um desses encontros, organizado pela comunidade WomenTechmakers BH, foi discutido o espaço ocupado pela mulher atualmente no universo da Tecnologia da Informação. Em um grupo misto e com a participação de vários homens foram discutidos os principais problemas enfrentados pelas mulheres e o que é possível fazer individualmente para mitigá-los.
Outro encontro bastante interessante foi o da comunidade PanGea, na qual assuntos relacionados à profissão do arquiteto e a arquitetura de sistemas foram discutidos além dos próximos passos da própria comunidade.
Também ocorreram encontros relacionados a tecnologias específicas como o Python MG, GDG (Google Developers Group) e JavaScript.
Todas as palestras do evento foram filmadas e serão disponibilizadas em breve pela equipe da DevIsland aqui no InfoQ Brasil.