Entre 28 de março e 1° de abril, São Paulo recebeu a nona edição brasileira do QCon. Organizado pelo InfoQ Brasil e com palestras selecionadas por um comitê independente, esta edição contou com 3 keynotes, 100 palestras e 13 workshops, totalizando 130 horas de conteúdo, o que levou o QCon São Paulo ao patamar dos maiores QCons mundiais.

Com 15 tracks e 5 dias de duração, este foi o maior QCon brasileiro de todos os tempos e reuniu mais de 750 participantes. Conheça um resumo do que aconteceu.

Keynotes

O keynote de abertura foi apresentado por Jeremy Edberg, co-fundador da CloudNative e por muitos anos engenheiro do Netflix. Com o título "The Future of your Production Environment is Serverless", foi apresentado um histórico de como a granularidade dos sistemas de computação está sendo pouco a pouco reduzida: de máquinas para instâncias, de instâncias para containers e de containers para funções - dando início a uma nova era denominada: "Serverless Production Environment".

Jeremy também apresentou os principais players neste novo cenário e demonstrou, na prática, como sua empresa é construída "Serverless" e qual é o seu workflow de desenvolvimento de uma feature neste novo paradigma. O processo vai desde a programação da funcionalidade, passando por testes, staging, até a publicação da "function" em produção.

No segundo dia, Lynn Langit, que é Big Data e Cloud Architect, além de MVP, GDE / AWS Hero, apresentou o keynote "The Cloud-centric Internet of Things", onde compartilhou padrões e melhores práticas adquiridas em uma série de projetos de IoT e Cloud Computing.

Começando com um resumo do ecossistema de IoT, Lynn passou por conceitos fundamentais sobre o assunto e trouxe um rico comparativo do suporte à IoT entre os principais players de Cloud Computing. Reforçou também a importância de IoT no mercado e como os desenvolvedores devem se preparar para essa nova realidade de TI.

O keynote do terceiro dia, ficou a cargo do renomado engenheiro Martin Thompson, especialistas em High Performance e Low Latency, além de co-fundador do LMAX.

Com o título "Top Performance Myths and Folkore", a palestra de Martin fez um apanhado de sua experiência em sistemas de alta performance e baixa latência. Apresentou uma lista dos 10 principais erros relativos a performance, sendo os três principais relacionados a "Text Encoding", "API design" e "logging". Martin ainda ressaltou a importância de manter um cuidado constante no uso de seus recursos computacionais.

Palestras

Esta edição do QCon São Paulo reuniu mais de 100 palestrantes (21 internacionais) tratando de grandes temas como Microservices, Product Management, Sistemas de Larga Escala, Big Data e Machine Learning.

Estas foram as 20 palestras mais bem avaliadas e com público amplo (clique nos nomes para ter acesso aos abstracts):

• "Exercising failure at Netflix" - Kolton Andrus;
• "Performance na web: o modelo RAIL e outras novidades" - Sergio Lopes;
• "The Spotify Playbook" - Jonathan Rasmusson;
• "CSS avançado: Técnicas para uma UX superior" - Andres Galante;
• "Containers em escala com Kubernetes e OpenShift 3" - Fabiano Franz;
• "Conhecendo e renovando a MEAN Stack" - Flavio Almeida;
• "Gerenciamento de produtos: de desenvolvedor para desenvolvedor" - Paulo Silveira;
• "Applied Spark: from concepts to Bitcoin analytics" - Andrew Hart;
• "De zero a 300 milhões em faturamento com a mesma base de código " - Paulo César Jeveaux;
• "Computação quântica, estamos preparados? De conceitos a implicações futuras" - Fernando Vasconcelos;
• "Shopify at scale: Resilience, developer productivity and 200,000 stores" - Simon Eskildsen;
• "Estatística e matemática aplicadas a Data Science" - Diógenes Justo;
• "NoSQL under the hood: anatomy and evolution of Cassandra" - Ben Coverston;
• "Dinheiro na nuvem: mantendo disponibilidade e confiança no Nubank" - Rafael Ferreira e Gustavo Barrancos;
• "Pensamento funcional poliglota no dia-a-dia, com C#, Java, C++ e (Type|Java)Script" - Elemar Jr;
• "Evolução em ambiente de hiper-crescimento: a experiência do Nubank" - Hugh Strange e Pedro Axelrud;
• "Go em produção para APIs e microservices" - Vinicius Pacheco;
• "We're all distributed systems devs now: a crash course in distributed programming"- Aaron Stannard;
• "Cloud Security and usable protections from real-world threats at Coinbase" - Rob Witoff;
• "Building Effective Microservice Teams" - Mike Amundsen.

A avaliação média das palestras foi mais de 85% positiva, a melhor da história dos QCons, no Brasil e no exterior.

Workshops

O dois últimos dias do QCon SP foram reservados aos workshops, que trataram de grandes temas da criação de software, incluindo Agile Inception, Web APIs, Big Data e Cloud, Machine Learning, Web Full-Stack, Microservices, Data Science, Sistemas Distribuídos, NoSQL, IoT e Lean. A avaliação média dos tutoriais foi mais de 95% positiva, também novo recorde para o evento.

Networking

A qualidade do networking foi um dos destaques da conferência. De acordo com depoimentos de participantes e feedbacks espontâneos, o QCon é considerado o ponto de encontro dos principais desenvolvedores e arquitetos de software do Brasil.

Todos os palestrantes disponibilizaram seu tempo e participaram ativamente do evento, favorecendo o networking e compartilhamento de experiências.

Feedback

O QCon recebeu uma série de comentários positivos no Twitter:

Se você participou do evento, deixe seu feedback nos comentários! E fica o convite, em nome do InfoQ Brasil, para o próximo QCon brasileiro, que será realizado no Rio de Janeiro de 5 a 7 de outubro de 2016. As inscrições para o QCon Rio 2016 estão abertas.