A organização AnitaB.org anunciou, no início de outubro, as empresas premiadas no Top Companies for Women Technologists, na conferência Grace Hopper Celebration. Accenture, GEICO e ThoughtWorks foram as principais premiadas em seus respectivos tamanhos de grupos.
A Accenture anunciou recentemente sua meta de obter uma força de trabalho com equilíbrio de gênero até 2025. A empresa de consultoria publicou pesquisas sobre formas de reduzir as disparidades salariais de gênero, tais como programas de imersão tecnológica e recursos para mulheres para que elas possam lidar com suas carreiras de forma mais proativa (uma vez que poucas mulheres procuram ativamente aumentos ou promoções). Estas abordagens são similares aos métodos identificados através da pesquisa da AnitaB.org com suas principais empresas, que incluem políticas de tempo flexível, desenvolvimento de liderança e treinamento formal de diversidade de gênero.
A empresa GEICO usa um programa de rotação para gerentes e pessoas iniciantes para proporcionar uma ampliação no treinamento e promove a diversidade e a inclusão dentro de sua cultura corporativa. A empresa também adota uma cultura de promoção interna e uma educação profissional contínua com aulas de certificação e grupos de usuários.
Rebecca Parsons, CTO da ThoughtWorks, observa que "a questão da igualdade no local de trabalho nunca foi tão importante" quanto é agora. A empresa possui muitas iniciativas, incluindo práticas de contratação que visam uma gama mais ampla de potenciais profissionais (pessoas autodidatas que programam ou pessoas com conhecimento em artes ou economia). Existe um programa de integração imersiva, que apoia cada nova contratação para "trazer sua autenticidade para o trabalho", fornecendo amplas oportunidades de treinamento, coaching e reflexão. A organização pretende construir um ambiente que apoie a criação e entrega focada em equipe, em vez de sucesso por heróis ou heroínas individuais. Em uma entrevista associada ao anúncio PR Newswire, Parsons enfatizou que, através do trabalho contínuo da ThoughtWorks e de outras organizações, é imperativo continuar a "estimular, educar e capacitar as mulheres na tecnologia". Parsons observa que "este não é o momento de ser complacente. Ainda não terminamos", e os dados na pesquisa AnitaB.org provam isso. Entre os líderes das 63 empresas pesquisadas, quase 62% têm uma política formal que exige equidade de remuneração, em comparação com 47% no ano passado.
Quando perguntada sobre por que a diversidade em TI é importante, a Dra. Parsons identificou três razões: uma redução no viés inconsciente, um foco a longo prazo dentro das equipes e um pool maior de empregos. "Quando nós fazemos o design de produtos ... nós trazemos nossos preconceitos conosco", perpetuados em itens que se encaixam melhor nas dimensões das mãos dos homens do que as mulheres, ou produtos que são projetados para atrair os homens, mesmo que as mulheres tendem a tomar mais decisões de compra. Parsons também vivenciou um sucesso a longo prazo com equipes mais diversas, uma vez que a diversidade resulta em mais foco nas metas de longo prazo, como a qualidade do código, em vez de ganhos a curto prazo, como o resultado. Ela também observa que "em uma indústria com uma crescente escassez de talentos, por que, na Terra, excluímos grande parte da população, perpetuando um ambiente exclusivo?"
A Dra. Parsons fornece três dicas para quem procura uma carreira em TI:
- Você não é uma pessoa estranha; você simplesmente encontrou sua paixão.
- Continue aprendendo. Seja uma pessoa que se mantém atualizada nas suas áreas de interesse, com uma ampla visão geral e mergulhos profundos quando necessário.
- Solicite o que você deseja. Caso contrário, as pessoas não saberão.
Ela encerra com esta mensagem:
"Precisamos que as empresas sejam corajosas o suficiente para promover aquelas pessoas que são qualificadas e merecedoras, e precisamos que todas as pessoas sejam curiosas o suficiente para aprender mais sobre a indústria de TI quando estiverem começando nessa área".