A Apollo, companhia por trás do GraphQL, lançou recentemente seu principal produto, o Apollo GraphQL Platform, definido como "uma solução completa para companhias que buscam fazer o GraphQL do jeito certo". Conforme o GraphQL tem surgido como um útil componente do desenvolvimento de aplicações modernas, grandes corporações tem confiado em especialistas para implementá-lo. A Apollo acredita que a nova plataforma habilitará qualquer time de desenvolvimento de aplicações a facilmente criar um sistema com GraphQL. Coincidindo com o lançamento da plataforma, uma nova extensão do Visual Studio Code foi lançada fornecendo o ferramental necessário para desenvolver aplicações com o Apollo.
O GraphQL foi criado como uma alternativa às tecnologias legadas de APIs, como o REST e o SOAP, que já existem há 20 anos. A natureza "ponto-a-ponto" destas tecnologias podem levar a um forte acoplamento entre fornecedores de APIs e usuários, pois as mudanças devem ser coordenadas. Como as APIs e os sistemas crescem com o tempo, eles podem se tornar difíceis de entender e custosos para manter.
O GraphQL foi desenvolvido pelo Facebook em 2012 para ser usado internamente e em 2015 foi aberto para o público.
O GraphQL suporta a leitura, escrita (mutação) e subscrição para mudanças de dados (atualizações em tempo real). Ao invés de se ter uma API customizada para cada tela de uma aplicação, os desenvolvedores descrevem os dados que precisam usando a linguagem de consulta Graph Query Language, e envia a consulta para um servidor GraphQL. O servidor resolve a consulta, e identifica os serviços do backend que atendem a requisição. A introdução desta camada extra permitem que o trabalho de desenvolvimento do frontend e o backend seja desacoplado e mais eficiente.
Até agora, subir um servidor de GraphQL e programar todas as regras de resolução de consultas exigia o desenvolvimento de sistemas personalizados. A Apollo acredita que o novo GraphQL Plataform reduz o custo e risco do desenvolvimento customizado, e fornece a tecnologia que as companhias precisam para fazer o GraphQL "da forma certa". Um porta-voz da Apollo destacou que há implementações do GraphQL em companhias como a Audi e o Airbnb que os permitiram adicionar rapidamente novas features em resposta a novas iniciativas de negócios.
O Apollo GraphQL Plataform tem o núcleo aberto que consiste no Apollo Server, Client e Engine. O Apollo Server traduz para o GraphQL as APIs existentes e os backends. O Apollo Client ajuda as plataforma web e mobile a trazer os dados para a interface do usuário. O Apollo Engine é o novo gateway da Apollo para a execução de consultas no GraphQL. A plataforma também inclui uma suíte de governança essencial e ferramentas de gerenciamento para o desenvolvimento e operação em alta escala de dados em grafos. O Apollo GraphQL Plataform pode ser usado com APIs e serviços já que existentes, permitindo a adoção progressiva. A plataforma está disponível em uma edição de graça e da comunidade, e há também uma versão paga para times e empresas.
Em adição ao que a Apollo oferece, existem outros frameworks e serviços de código aberto no ecossistema do GrapgQL. O Relay, criado pelo Facebook, é um cliente de GraphQL em JavaScript focado na integração com o React. A Solo.io lançou o Sqoop (antigamente chamado de QLoo), um servidor GraphQL construído utilizando o Gloo e o Envoy Proxy.