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Q&A com Susanne Birgersdotter sobre empreendedorismo e prosperidade

Certifique-se de que, como empreendedor, esteja extremamente bem informado antes de uma apresentação sobre sua área de atuação, sobre os investidores e sua empresa, disse Susanne Birgersdotter, empreendedora de tecnologia, fundadora e proprietária da SBDM na European Women in Tech. Quando sua primeira ideia ou empresa falhar, não saia, não seja conservador e não se esqueça de voltar o mais rápido possível. Seu conselho para mulheres empreendedoras que querem prosperar em tecnologia é se juntar a um grupo de "mulheres na tecnologia", em que os membros podem se capacitar, se conectar e apoiar uns aos outros.

O InfoQ cobriu a European Women in Tech com perguntas e respostas, e entrevistou Susanne Birgersdotter depois de sua palestra sobre ser empreendedora e como ter sucesso na tecnologia.

InfoQ: Como se tornou uma empreendedora?

Susanne Birgersdotter: acho que sempre fui uma empreendedora de alguma forma; meu pai era um empreendedor e aprendi cedo com ele. Mas acho que começou de verdade quando fiz um aplicativo de matemática para a minha filha e nesse mesmo ano iniciei minha primeira empresa de tecnologia.

Minha filha teve muita dificuldade em aprender matemática e procurei um aplicativo, mas não consegui encontrar um que gostasse. Então decidi fazer um sozinha sem qualquer experiência em programação, desenvolvimento ou TI.

Na verdade, pesquisei "como criar um aplicativo". Contratei um programador da Ucrânia, um desenvolvedor do Nepal e um designer de front-end da Polônia, e então conversei por skype com eles todas as noites da minha mesa da cozinha. Três meses depois, tive meu primeiro aplicativo e iniciei o Sthlm App Lab. Depois disso, fizemos mais 14 e um deles, o 5:2 health diet App, subiu até o primeiro lugar na App Store.

InfoQ: Como tem sido sua experiência com os investidores? Como eles pensam das mulheres empreendedoras?

Birgersdotter: Uma importante lição que aprendi é que os VCs elogiam os homens por serem "jovens e promissores", enquanto as fundadoras com antecedentes semelhantes são criticadas por serem "jovens, mas inexperientes". Lido com isso de duas maneiras diferentes.

Como investidora, estou sempre procurando as habilidades, não o gênero. E também tento investir mais em startups de mulheres.

Como empreendedora, tento ser mais confiante. Me certifico de que estou extremamente bem informada antes de uma apresentação, sobremesinha própria área de atuação, é claro, mas também sobre os investidores e suas empresas.

Infelizmente o sentimento é de que precisamos agir mais como profissionais do que os homens para conseguir o investimento.

InfoQ: Qual a sua visão da cena das startups - onde estão as possibilidades e o que pode ser feito para explorá-las?

Birgersdotter: Amo a cena de startups e também estou feliz em ver mais e mais mulheres iniciando suas próprias empresas. Uma coisa que acho importante é a equipe e as diferentes habilidades necessárias para construir empresas.

Você não pode ser perfeita e a melhor em tudo. Algumas pessoas são criativas e outras são boas com números, e precisamos de ambas na empresa.

Os papéis que precisamos, é claro, em uma empresa de tecnologia, são programadores e desenvolvedores, mas não se esqueça de que a pessoa que cuida dos números geralmente é tão importante quanto a pessoa de marketing quando é a hora do lançamento.

É difícil e caro contratar pessoas e, às vezes, não se pode pagar, mas pode oferecer parte da sua empresa. Você também pode usar equipes em todo o mundo. Construí meus primeiros aplicativos com pessoas que não são do meu país e, ao invés disso, trabalhei com equipes globais, como ainda faço.

InfoQ: Quais comunidades existem para mulheres que querem prosperar em tecnologia?

Birgersdotter: Os grupos "Women in Tech" são um indicador importante. Elas permitem que as mulheres falem, ganhem confiança, ganhem visibilidade em todo o mundo e tenham um impacto global. Mas também "Comunidades de Empreendedoras" são muito importantes. Não temos mulheres na tecnologia, mas também mulheres empreendedoras.

Comecei meu próprio clube antes do Natal, www.worldwomennetwork.com. Outras comunidades que recomendo são a Women 2.0, a Leap e a Female Founders Community. O que gosto em comunidades como essas é o que elas estão dando a mim e a outras mulheres: capacitação dos membros, conectam e apoiam uns aos outros.

InfoQ: O que sugere para superar o viés de gênero persistente?

Birgersdotter: Vamos parar de falar e começar a fazer. Há tantas empresas dizendo que farão uma mudança, vamos fazer isso então.

Crie um programa de orientação para mulheres, não qual os mentores são homens e mulheres, fale sobre as diferenças de gênero e garanta que todos recebam o mesmo pagamento desde o início.

Além disso, as mulheres precisam se ajudar mutuamente para entrar nas salas de reuniões. Não exclua um ou outro porque há poucos lugares para nós; em vez disso, crie mais espaços.

InfoQ: Na sua palestra foi comentado: "saia da sua zona de conforto". Poderia elaborar sobre isso?

Birgersdotter: Sim. Vi mulheres que falharam com sua primeira ideia ou empresa. Elas estão desistindo. Não saia, não fique na zona de conforto. Retorne o mais rápido que puder.

Quando um homem começa a perder sua empresa, ele vende seu carro ou pega dinheiro emprestado. Talvez às vezes ele seja estúpido ou muito corajoso, mas acho que "precisamos" ser um pouco mais assim. Pare de ser conservadora se quiser construir uma grande empresa; muitas vezes precisará falhar, porque aprendemos com os erros.

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